terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ouvindo cocteau twins

O ar seco e úmido, fresco e verde queimou minha retina. Preciso me esquecer em algum ofício, em algum outro mar, em algum amor alhures.

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Ontem de madrugada nós fomos até a beira de um precipício, e lá havia uma flor. As mãos hesitaram em matá-la, mas acabaram matando-a. A flor se entregou, e nós nos entregamos à ela. Por horas seguidas nos perdemos no perfume suabilíssimo, misturado com seiva jovem, o quase não-perfume dela. Aquele perfume nos levou à lugares recônditos e sombreados da infância, à beira de um rio, dentro da mata virgem.